quarta-feira, 13 de julho de 2016

Sobre a Lua em Sagitário



14 de julho. Um ano qualquer. Nove horas da manhã.
Sim, o Sol estavam em Câncer. Mas a Lua estava em Sagitário...

Não sou o tipo de gente que sonha com casamento. Não quero terno e gravata, não quero reunir família, parentes distantes, amigos que não conheço mais para celebrar em uma festa animada e cafona para depois cair em uma lua de mel e retornar para uma vida massiva cotidiana. 




Não julgo quem assim o quer, longe de mim. Apenas não é a minha vontade. Me deixa, eu tenho asas. Não posso me prender a uma pessoa quando tenho o mundo lá fora para voar. Nunca corte minhas asas.

Desde pequeno tenho um desejo latente aqui dentro: quero conhecer o mundo. E não é só uma vontade. Não é algo que dá e passa. Como disse, a Lua estava em Sagitário no dia 14 de julho do ano em que eu estreie neste universo. 

 


Eu realmente sinto que preciso pedalar na estrada da morte, na Bolívia; caminhar pelos resquícios históricos da velha URSS, no leste europeu; mergulhar no rio Gandhi, na Índia; meditar em um templo budista no Tibete. 

Quero alguém que me permita dividir comigo mesmo essas experiências em busca de auto conhecimento. Mas quero também ter alguém que por vezes me acompanhe nessas aventuras. Que enfrente a fila imensa do Louvre para se decepcionar com a Monalisa; que encare um trekking de sete horas pelos andes; que caminhe pelas mesmas sete horas em Manhattan....



Minha condição é não ser par. Temos coisas mais importantes na vida que casar. Não que eu não acredite de matrimônio, mas é que a minha Lua é em Sagitário. Acredito que podemos ser mais felizes celebrando a nossa união em cada cartão posta ou selfie tirada nos mais diversos destinos.

Não quero estar em casa, não quero estar dentro de uma vida normal, redondinha, super programada. Quero viver o mundo, afinal nós vivemos nele!





O amor, no fim das contas, não é o sentimento - é o que você faz com ele.
Ao invés de trocar alianças, prefiro trocar carimbos no passaporte.

Sobre ter Sol em Câncer


14 de julho de um ano qualquer. 

O Sol estava em câncer.

De instituto maternal, protetor, cuidadoso. Ser de câncer é ter apenas um coração, mas sentir por dois. Ou por três, por quatro, cinco... é não ter limite, não caber mais em si e transbordar para o mundo.

Ter o sol em Câncer é perceber que está vivo e que sentir está longe de ser um crime. Esqueça os clichês de que somos chorões, sofredores. Ser sensível não é isso. A gente absorve tudo. Conhecemos a dor alheia e a sentimos como se fosse nossa! Empatia em um mundo de brutalidade, é de extrema importância.

Ser canceriano é dar a cara a tapa, não esconder do mundo o que sentimos. Seja amor ou seja ódio. Mas não confunda sensibilidade com fraqueza. Sentir demais não é sinal de fraqueza. Fraco é aquele que por medo esconde seus sentimentos e morre por dentro...








Não temos medo de chuvas tempestivas, nem de ventanias sórdidas.


Temos nossos momentos de introspecção e auto-conhecimento, quando nos isolamos do mundo em nossa concha para então retornarmos, mais fortes do que nunca. 


Ser canceriano é acompanhar as fase da Lua. Por vezes estamos bem, por vezes estamos mal. Por vezes não nos contemos de felicidade, por vezes morremos de tristeza. Pessoas rasas nunca irão nos satisfazer. Quem dirá nos entender. Pessoas normais fazem nos sentir malucos. 


Amar para nós é como o mar: não nos contentamos com quem molha só os pés. Ao passo que às vezes precisamos ir pra bem longe para respirar novos ares e nos recompor do mundo.

Não espere que te completemos. Nosso negócio é te fazer transbordar.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Pequenas coisas que me fazem sorrir



Estou cansada depois de um dia longo, mas vou relaxar andando de patins. Sinto falta da música e ando sem companhia. Mas não estou completamente sozinha, há pessoas que passam por mim o tempo todo, Pessoas diferentes com vidas diferentes; e pela falta da trilha sonora em minha mente, escuto a conversa delas. Ouço a história de uma briga entre amigas, e sons me narram a ocasião de uma festa familiar. Quando me dou conta, estou escutando os barulhos dos carros e até mesmo de uma pedrinha que rolou no chão. Começo a ouvir tudo, prestando atenção em todos os detalhes que me rodeiam. Pessoas passam e trocam olhares comigo. Às vezes sorrisos, e essa é pra mim a melhor parte.  

Passo agora por um caminho estreito, e os que rumam por ali vão andando em passos lentos, conversando sobre o dia anterior. Aproveito a situação para observar o mar, que está a poucos metros de mim. Vejo pessoas surfando, e um tempo depois enxergo as ondas batendo nas pedras. Então, logo vem uma brisa para aliviar o calor infernal.
A pior parte é a volta, pois sigo meu rumo contra o vento, e ele me leva tão fácil quanto levaria uma folha de papel. Tenho que fazer muito esforço para voltar. Meu corpo começa a doer, e basta mais um sopro para eu cair. Quando estou quase desistindo, escuto a voz de uma criança proferindo os dizeres:
"Pai! Olha! Aquela menina está de patins!" 
Por algum motivo, isso me reanima e me faz sorrir. 

Quando finalmente chego ao banco para tirar os patins, sinto um alívio só em poder me sentar, pois meu corpo inteiro dói. Tiro os equipamentos e volto à minha casa.

Então, deito na minha cama e paro para pensar nas pequenas coisas que me fazem sorrir, nas pequenas coisas que dão vida a uma nova alegria, nas pequenas coisas que me fazem perceber o quão incrível é o nosso mundo e nas pequenas coisas que tornam possível ver o que há de maravilhoso. Reflito que, de vez em quando, largar a música por um curto período de tempo e deixar o silêncio tomar conta da minha mente pode me fazer ver o pequeno planeta em que vivo com outros olhos.

domingo, 17 de abril de 2016

Vida sem música



O que seria do mundo sem música?
Uma pergunta que chega a nos assustar, e todos pensariam nas mesmas resposta: Sem graça, sem vida.

O que seria dos filmes sem aquelas trilhas sonoras maravilhosas, que nos fazem rir e chorar, e até mesmo nos fazem ficar mais tensos e ansiosos?

O que seriam das festas sem as músicas? O que seriam dos nossos dias sem as músicas dos Beatles, Shawn Mendes, Ed Sheeran, Justin Bieber, One Direction, Maroon 5, Coldplay, Imagine Dragons e The Vamps? 
Sem a música não existiria a dança. Não existiria hip hop, jazz, sapateado e ballet.

Se não houvesse a música não dançaríamos feito doidos quando ficássemos sozinhos em casa e nem faríamos shows particulares enquanto tomamos banho.
São com as músicas que liberamos a raiva, a alegria e a tristeza. São com elas que expressamos nossos sentimentos.

A música nos completa, e quando estamos tristes são elas que preenchem aquele vazio que estamos sentindo dentro de nós.
Por isso, independente de como esteja seu humor hoje, escute sua música preferida e dance, mas dance com vontade. Cante como se não houvesse amanhã, mesmo que você não cante bem ou que você não saiba cantar a música direito. Apenas cante, e libere toda a energia que existe dentro de você.

quinta-feira, 24 de março de 2016

Cerne


Lá no cerne da nossa alma existe um combustível
uma melodia que nos guia de volta para casa
algo desfigurado, sem forma, sem face

uma energia que corre selvagem em nós 
chegando a rasgar nossa alma
essa fonte sem fim e sem nome é o que somos de maneira mais bruta

e nem todos os estudos do mundo conseguiriam decifra-la 
pois as cores que guardamos do lado de dentro
só são visíveis e compreensíveis a nós.